BYD Dolphin… ágil e funcional em qualquer ambiente

BYD Dolphin... ágil e funcional em qualquer ambiente

Apresentado há algumas semanas entre nós, aquando da sua chegada ao mercado, o LusoMotores teve já a oportunidade de circular durante alguns dias com o novo BYD Dolphin, um automóvel sem dúvida interessante e muito agradável, capaz de ser classificado como um veículo citadino, devido ao seu tamanho compacto e design adequado para a condução em áreas urbanas, mas que pode perfeitamente adaptar-se a percursos longos em estrada, graças à sua autonomia e recursos avançados. Aliás, pelo que pudemos comprovar, a sua versatilidade permite que se adapte tanto a ambientes urbanos quanto a viagens mais longas, tornando-o uma opção interessante para diversos tipos de situações e de condutores.

Agora na primeira pessoa e não apenas tendo em conta a informação da marca, pudemos comprovar que o BYD Dolphin elétrico resulta em uma opção interessante para quem busca um veículo elétrico compacto e eficiente. Começando pelo design, as suas linhas fluidas justificam o nome dado ao modelo, sem dúvida agradável, num modelo que surge como um “falso compacto”.

Na verdade, com dimensões não muito exuberantes — 4,12 metros de comprimento, 1,77 m de largura e 1,57 m de altura — este quarto modelo da BYD a chegar ao mercado nacional depois do Atto, do Tang e do Han, que tivemos já oportunidade de testar, surpreende no espaço interior, num habitáculo onde dois adultos acima do 1m85 podem perfeitamente sentar-se um atrás do outro sem que aquele que viaja atrás vá mais incomodado sem lugar para as pernas. Afinal, com um 2,70 m de distância entre eixos, o Dolphin permite todo o conforto a bordo ajudando a ultrapassar sem grande fadiga as tais viagens mais prolongadas.

Em termos de desempenho, o BYD Dolphin, como modelo 100% elétrico, destaca-se pela sua aceleração suave e silenciosa. Com um motor elétrico potente, o veículo oferece uma experiência de condução ágil e responsiva, tornando as viagens urbanas mais agradáveis. Além disso, a autonomia do Dolphin é impressionante, anunciada pelo construtor de até 565 Km em ciclo urbano (WLTP, um valor que desce para os 427 quilómetros em ciclo combinado, permitindo que os motoristas percorram longas distâncias sem se preocupar com a necessidade de recarga. Ao longo do ensaio, todavia, ficámos com a convicção de que a autonomia efectiva ficará um pouco aquém do prometido, na casa dos 350 quilómetros em ciclo combinado, nomeadamente se nos aventurarmos um pouco mais em estrada onde a capacidade de regeneração acaba por se revelar praticamente nula.





BYD DOLPHIN Design

  • Bateria de 60,4 kWh e motor de 150 kW (204 cv).
  • Autonomia de 565 quilómetros em ciclo urbano (WLTP), com um consumo de combustível de 15,9 kWh/100 km.
  • A velocidade de carregamento máximo é de 88 kW (de 30 a 80% em 29 minutos) em corrente contínua, mas o carregamento em corrente alternada atinge um máximo de 11 kW.
  • Teto panorâmico, vidros escurecidos nos bancos traseiros e carregamento de smartphone sem fios. 
  • Jantes em liga leve tricolores de 17”.
  • Bancos em pele vegan.Ecrã tátil rotativo de 12,8”.
  • Carregador de bordo de 11 kW.
  • Bancos em pele vegan.
  • Ecrã tátil rotativo de 12,8”. Carregador de bordo de 11 kW.
  • Visão panorâmica 360º.
  • Travão de estacionamento elétrico (EPB).
  • Smart key (entrada e ignição sem chave)
  • Duas chaves inteligentes e uma chave NFC.
  • Sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.

  • Opcionais – Pintura Metalizada (450 euros)
  • PVP – 37.690 euros

Como nem tudo são boas ondas neste golfinho urbano, o design interior do BYD Dolphin não nos impressionou, nomeadamente os materiais utilizados, com alguns plásticos mais duros a convidar ao aparecimento dos sempre desagradáveis ruídos parasitas. Embora seja funcional e espaçoso o suficiente para acomodar quatro passageiros confortavelmente, com espaços mais do que suficientes para o transporte daqueles pequenos objectos que sempre transportamos connosco, nomeadamente o espaço para arrumos no “túnel” por baixo da consola central, acaba por ser aqui que a qualidade dos materiais e o acabamento deixam um pouco a desejar. O sistema de entretenimento permite as funções hoje em dia tidas como indispensáveis e a conectividade vai ao encontro do necessário, ainda que precisemos de um cabo para ligar o iPhone ou Android de quisermos utilizar o Apple Carplay ou o Android Auto.

Em termos de segurança, o Dolphin elétrico possui recursos avançados, como controle de estabilidade e assistência de travagem de emergência. No entanto, seria interessante ver mais recursos de segurança ativa, como alerta de colisão frontal e assistência de permanência na faixa, que são oferecidos por alguns concorrentes diretos no mercado, como o Renault Zoe ou o Nissan Leaf, só para referirmos dois exemplos permitidos pela concorrência.

Em resumo, gostámos particularmente da boa autonomia, permitindo viagens de longa distância sem preocupações com a carga das baterias, do mesmo modo que gostámos do desempenho ágil e responsivo, pela capacidade que evidenciou em proporcionar uma experiência de condução agradável. Já não gostámos assim tanto do design interior e dos materiais e qualidade dos acabamentos no habitáculo, do mesmo modo que o sistema de entretenimento e conectividade deixaram evidente ter uma margem de melhoramento a considerar pela BYD no futuro.

Como concorrentes, para aqueles que ficam ainda hesitantes perante a possibilidade de compra de um veículo chinês como é este BYD, algo que é cada vez menos um problema mas que muitos ainda o sentem como tal, fica a referência a dois concorrentes diretos no mercado português, nomeadamente o Renault Zoe, um modelo dotado de um design moderno, autonomia competitiva e recursos avançados de segurança, sendo por isso uma opção popular entre os veículos elétricos compactos, mas também o Nissan Leaf, modelo que goza de uma reputação sólida mas também de uma autonomia impressionante, oferecendo um desempenho desde há muito reconhecido e uma experiência de condução confortável.

Para quem não se preocupa com preconceitos relativamente aos modelos automóveis vindo do Império do Meio e vêem inclusivamente em marcas como a BYD a oportunidade de fazer bons negócios com produtos com qualidade e ousadia, este BYD Dolphin é um modelo automóvel do segmento B que responde às necessidades entre os seus pares, surpreendendo de forma muito positiva mesmo em questões como a autonomia, espaço interior e comportamento dinâmico.

ensaio: Jorge Reis





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