Conheça as 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo no 3 º trimestre | Investimento no Exterior

Conheça as 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo no 3 º trimestre | Investimento no Exterior

O pagamento global de dividendos caiu ligeiramente no terceiro trimestre: registrou uma redução de 0,9%, para US$ 421,9 bilhões. Já o crescimento que ajusta os valores para dividendos especiais pontuais, taxas de câmbio e outros fatores técnicos, foi de 0,3%, de acordo com o último Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson.

O índice mede o progresso das empresas globais no pagamento aos investidores de um rendimento sobre o capital investido e usa 2009 como ano de base, que corresponde ao valor de índice 100.

As 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo no 3º trimestre

PosiçãoEmpresaPaísSetorUSD Em Bilhões
1China Construction Bank Corp.ChinaBancos12,989
2PetroChina Co. Ltd.ChinaProdutores de petróleo e gás6,567
3China Mobile LimitedHong KongTelecomunicações6,366
4BHP Group LimitedAustraliaMetais e Mineração5,791
5Microsoft CorporationEstados UnidosSoftware e Serviços5,052
6Evergreen Marine Corporation (Taiwan) Ltd.TaiwanTransporte4,741
7Cnooc Ltd.Hong KongProdutores de petróleo e gás4,279
8Media Tek IncTaiwanSemicondutores e equipamentos3,904
9Apple IncEstados UnidosHardware e eletrônicos de TI3,752
10Glencore plcReino UnidoMetais e Mineração3,706
11Commonwealth Bank of AustraliaAustraliaBancos3,69
12Industrial & Commercial Bank of China Ltd.ChinaBancos3,649
13Exxon Mobil Corp.Estados UnidosProdutores de petróleo e gás3,643
14Cez, A.S.República ChecaServiços de utilidade pública3,572
15Woodside Energy Group LtdAustraliaProdutores de petróleo e gás3,389
16Johnson & JohnsonEstados UnidosFarmacêutica e Biotecnologia3,093
17Rio TintoReino Unido/AustraliaMetais e Mineração3,007
18JPMorgan Chase & Co.Estados UnidosBancos2,906
19Petroleo Brasileiro S.A. PetrobrasBrazilProdutores de petróleo e gás2,837
20Fortescue Metals Group LtdAustraliaMetais e Mineração2,824

As maiores quedas nos dividendos vieram do setor de mineração, em que a metade das empresas reduziu os pagamentos, e dos produtores de petróleo no Brasil e em Taiwan. Mas tirando a Petrobras e a mineradora australiana BHP, conhecidas por seus dividendos variáveis, os dividendos distribuídos pelas petroleiras registraram um crescimento ajustado global de 5,3% no terceiro trimestre.

Esses cortes, contudo, foram compensados por dividendos sólidos no setor bancário na maioria das partes do mundo (aumento de 9,3% em termos ajustados) e por aumentos nos pagamentos em empresas de serviços públicos e fabricantes de veículos. Globalmente, nove em cada dez empresas aumentaram os pagamentos de dividendos ou os mantiveram estáveis, embora tenha havido uma ampla variação entre setores e países.

Entre os mercados emergentes, houve uma ampla dispersão – China, Índia, Arábia Saudita e República Tcheca foram fortes, mas a fraqueza no Brasil significou uma queda nos pagamentos para os mercados emergentes como um todo.

No total, os dividendos brasileiros despencaram dois terços (-67,1%) em termos ajustados por conta de um corte significativo da Petrobras. A empresa pagou US$ 9,6 bilhões a menos em relação ao ano anterior, o maior corte de dividendos do mundo pelo segundo trimestre consecutivo. Isso por si só foi suficiente para reduzir mais de 2,5 pontos percentuais na taxa de crescimento global dos dividendos do terceiro trimestre.

Um outro grande corte foi da mineradora Vale, que agravou o declínio nos pagamentos brasileiros, mais do que neutralizando os aumentos de bancos como o Banco Bradesco.

América Latina: forte crescimento

A Ecopetrol, a única empresa colombiana no índice, pagou um generoso dividendo de US$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre e declarou mais dividendos para os três últimos meses do ano. Para o ano, a petroleira anunciou que distribuirá mais do que em 2022 em termos de dólares.

Bancos, empresas de serviços públicos e veículos, bem como a maioria das empresas de petróleo na região, apresentaram um forte crescimento de seus dividendos.

China pagou dividendos recordes

O terceiro trimestre marcou o ponto alto na distribuição de dividendos na China e na maior parte da região da Ásia-Pacífico, que exclui o Japão. Os dividendos chineses atingiram um novo recorde, graças a um grande aumento da PetroChina, o que ocultou a fraqueza entre os bancos e empresas imobiliárias do país.

Uma queda de um sexto nos pagamentos de Taiwan refletiu dificuldades nos setores de petróleo, química, aço e seguros, enquanto uma grande redução nos pagamentos de mineração causou uma queda semelhante na Austrália. O crescimento em Hong Kong foi contido pelo setor imobiliário, onde cada empresa reduziu seu dividendo ou o manteve estável.

Os dividendos nos EUA cresceram 4,5%, uma taxa saudável, embora mais lenta do que nos anos anteriores, e 98% das empresas dos EUA aumentaram os pagamentos de dividendos ou os mantiveram estáveis.

O crescimento dos EUA foi superado pelo Canadá, que está se beneficiando da força nos setores bancário e de petróleo.

A Europa continuou a mostrar um crescimento muito forte, estendendo o padrão observado em seu segundo trimestre, sazonalmente importante.

No Reino Unido, a redução nos pagamentos de mineração neutralizou em grande parte os aumentos de bancos, produtores de petróleo e empresas de serviços públicos.

O que esperar no próximo trimestre?

A previsão da Janus Henderson para este ano foi ligeiramente reduzida, refletindo menos dividendos especiais e o fortalecimento do dólar. A previsão geral de 2023 cai de US$ 1,64 trilhão para US$ 1,63 trilhão, de qualquer forma, é um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior.

No entanto, o crescimento que não é afetado por taxas de câmbio e dividendos especiais pontuais é mais forte do que o esperado. Além disso, vários países, incluindo os EUA, França, Canadá, Suíça e China, estão a caminho de oferecer dividendos recordes. Portanto, a previsão para o crescimento ajustado passou de 5% para 5,3%.

Ben Lofthouse, head de renda variável global da Janus Henderson, aponta que a aparente fraqueza nos dividendos globais do terceiro trimestre não é motivo de preocupação. Isso porque o nível de crescimento e sua qualidade parecem melhores este ano do que há alguns meses, uma vez que os pagamentos se tornaram menos dependentes de eventos pontuais e taxas de câmbio voláteis.

O crescimento dos dividendos das empresas continua forte em uma ampla gama de setores e regiões, com exceção dos setores relacionados a commodities, como mineração e química. Mas é natural que os dividendos de commodities subam e desçam, seguindo ciclos, e isso não indica um problema mais amplo.

Carteira diversificada é essencial

Para os investidores que têm uma carteira diversificada, setores em ascensão, como bancos e petróleo, foram capazes de contrabalançar aqueles com dividendos em declínio, como mineração e química.

Uma das vantagens da estratégia com foco em dividendos é que esses retornos costumam ser muito menos voláteis do que os lucros ao longo do tempo, o que proporciona conforto em tempos de incerteza econômica, conclui a gestora.

Dividendos — Foto: GettyImages

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