IA generativa é uma revolução comparável ao surgimento da internet | Microsoft

IA generativa é uma revolução comparável ao surgimento da internet | Microsoft

Foi em 22 de novembro de 2022 que a empresa OpenAI lançou o Generative Pre-Trained Transformer, o ChatGPT. “Foi ontem, mas parece que se passou uma eternidade”, lembrou Douglas Dawson, vice-presidente global de comunicação da Microsoft. “Em quase 30 anos na indústria, nunca vi uma tecnologia ser adotada e implementada tão rapidamente. Vimos avanços se sucedendo em uma velocidade inimaginável”.

Para descrever o tamanho da revolução proporcionada pela Inteligência Artificial (IA) generativa no mercado em geral, e no setor de comunicações em específico, Dawson foi convidado para conceder uma aula especial como parte do Curso Valor de Jornalismo Econômico, uma iniciativa voltada a estudantes de jornalismo que vão se formar em 2023 ou formados desde janeiro de 2018.

A programação do curso é gratuita e se estende por seis semanas, de 9 de outubro a 17 de novembro. As aulas abordam temas relevantes como mercado de capitais, investimentos, ESG, macroeconomia e políticas públicas. Como não poderia deixar de ser, as implicações da IA para os negócios ganham espaço privilegiado.

Democratização da Tecnologia

O executivo da Microsoft concedeu uma aula especial sobre a revolução proporcionada pela Inteligência Artificial no setor de comunicações — Foto: Divulgação

“Eu lembro do momento em que a internet começou a ganhar escala, nos anos 90”, comentou Dawson durante sua aula. “Depois vieram os smartphones e, mais recentemente, a nuvem. Foram soluções que ganharam melhorias gradativas, ao longo dos anos. A IA generativa representa uma revolução tão importante quanto as três anteriores, com a diferença de que a adoção aconteceu em um ritmo inédito”.

Ele fala com propriedade. Canadense, veterano em comunicação corporativa, antes de ingressar na Microsoft, em 2015, ele passou 15 anos na Nokia, onde supervisionou a estratégia e implantação de comunicações globais, comunicações financeiras e gestão de reputação.

Em sua aula, lembrou de uma capacidade importante da atual geração da IA, que surgiu ainda nos anos 50. “O objetivo era criar máquinas capazes de pensar como humanos, com softwares mimetizando o processo de tomada de decisões das pessoas. Ao longo das décadas, a tecnologia se tornou capaz de processar um grande volume de dados e gerar insights a partir deles”, disse.

Três lições — Foto: Arte Glab/Divulgação
Três lições — Foto: Arte Glab/Divulgação

“Mais recentemente, passou a responder a questões apresentadas em linguagem natural, e não apenas em código, o que representa uma grande oportunidade de democratização do acesso ao público em geral. Também desenvolveu a capacidade de aprender sozinha. E agora entende contexto e interpreta anomalias”

As consequências para a humanidade e as empresas são expressivas, ele apontou. “O mundo das comunicações está mudando. As indústrias estão se transformando rápido, os fatores que direcionam o crescimento econômico estão evoluindo, o mundo está mais conectado do que nunca”, ele lembrou. “Temos a oportunidade de liderar a transformação proporcionada pela IA. A revolução está acontecendo, a oportunidade está disponível”. A decisão agora, segundo o vice-presidente, é se vamos simplesmente nos deixar levar pela tecnologia ou se vamos liderá-la de maneira estratégica em nosso benefício.

Em outras palavras, a IA tem a capacidade de empoderar, de entregar soluções mais rápido, automatizando processos, usando o tempo disponível para fazer um trabalho mais estratégico enquanto a tecnologia apoia a criação de conteúdos em texto, áudio e imagens — sem que os usuários finais precisem dominar conhecimentos em computação.

A Microsoft atua em parceria com a OpenAI, a criadora do ChatGPT. “Queremos trabalhar juntos com modelos de IA, construindo novas plataformas. Estamos colaborando com uma série de pesquisas sobre o tema. Buscamos implementar ações que garantam que a tecnologia entregue o melhor benefício em confiança, justiça, transparência, inclusão, responsabilidade, privacidade e segurança”

Dawson mencionou que, do ponto de vista da Microsoft, a IA pode atuar como um copiloto, que apoia os profissionais na missão de produzir um trabalho de alto valor.

Daí a iniciativa de criar o Microsoft 365 Copilot,que combina o poder dos grandes modelos de linguagem (LLMs) com os dados nas aplicações Microsoft 365. Ele trabalha junto com o usuário de forma integrada com os aplicativos Word, Excel, PowerPoint, Outlook, Teams e muitos outros para incentivar a criatividade, desbloquear a produtividade e melhorar as competências individuais de cada um.

Entre as ferramentas já desenvolvidas pela companhia, ele mencionou o Bing Image Creator, uma ferramenta que gera imagens de IA com base no texto fornecido pelo usuário, e o Microsoft Designer, um aplicativo de design gráfico que ajuda na criação de postagens para mídia social, convites, cartões postais digitais, gráficos, entre outros materiais. “Trabalhamos para oferecer soluções completas, de acordo com a demanda de cada organização, de cada setor”, finaliza o vice-presidente.

Quatro funcionalidades — Foto: Glab
Quatro funcionalidades — Foto: Glab

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